O "point" é o posto

Imagem meramente ilustrativa
Fim de semana. Sou jovem. Estou em plenas condições de sair para a "night". Pego o carro do meu pai, reúno os amigos, escolho as músicas eletrônicas que mais têm feito sucesso na “dance floor” ou os forrós mais escrotos da face da terra, abro o porta-malas do veículo e vou curtir a vida intensamente no posto de gasolina. Hã?
É isso aí, meus caros. Posto de gasolina virou ponto de diversão. Oi? Dezenas de jovens ludovicenses aparentemente de classe média se reúnem nos fins de semana para ir à loja de conveniências, beber cerveja ou ice, comer Ruffles e conversar sobre sabe Deus o quê.
Sexta-feira passada estava eu em um posto de gasolina no Cohajap. Quis parar na loja de conveniências para comprar umas coisinhas e lá estava um punhado de jovens bebendo, comendo, ouvindo música e só. Aí vem mais perguntas da série “Mistérios da Vida”: No posto de gasolina? Não tinha outro lugar não?
Lá, naquela sexta-feira, percebi que a maioria dos freqüentadores são homens. Neste dia, havia dois grupos. Um de um lado, outro do outro. De mulher haviam apenas duas meninas que estavam estrategicamente posicionadas entre os dois, na porta da loja. Estavam as duas com vestidos curtíssimos e coladíssimos. Pensei: “Essas meninas são muito fracas. Um monte de macho e elas aqui sem fazer nada”.
Depois que saí de lá, fiquei imaginando os motivos que levariam aqueles jovens a “curtir a vida intensamente” num posto de gasolina. Seria falta de espaços de lazer na cidade? Seria falta de programação para jovens? Seria falta de dinheiro (afinal, no posto não se paga para entrar)? Seria apenas conformismo em se divertir num lugar tão desconfortável? 
O motivo eu ainda não sei, mas é isso aí, galerinha jovem. O “point” (detalhe para o termo antiquíssimo) é o posto mais próximo da sua casa. Repito: Hã?

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