Cala a boca, Magda!

Frase da inesquecível série da Rede Globo “Sai de Baixo”. Marcou minha infância e as noites de domingo após as 22h, quando retornava da igreja – lugar que ia por insistência e quase imposição da minha avó. Comandado por Vavá (Luís Gustavo), Cassandra (Aracy Balabanian), Edileuza (Cláudia Jimenez), Ribamar (Tom Cavalcante) e os meus preferidos Caco Antibes (Miguel Falabella) e Magda (Marisa Orth) o sitcom arrebatou até esta aqui que vos escreve.
Ainda com pouca idade, tinha que dormir cedo porque a tia da escola me esperava às 7h30 na sala de aula. Porém, aos domingos e exclusivamente aos domingos, depois do culto, tudo podia. Se todo mundo espera alguma coisa numa noite de sábado, no meu caso, na época, o aguardado era pelas dominicais.
Contudo, a frase que dá título a esta postagem - proferida durante os episódios pelo personagem do Miguel Falabella, o Caco Antibes - me veio hoje à cabeça. O motivo? Acho que era tanta a necessidade de expressar o meu inconformismo com a falta de silêncio que a resgatei dos confins da terra, assim, do nada e sem pudores de infância.
Querem saber a situação? Sabe quando você não quer ouvir nada, está cansado de tanta besteira que, solta ao vento, gruda na tua roupa e nem Omo Multiação combinado com Vanish remove? Sabe quando você está ansioso, preocupado, esperando um resultado e tudo que você quer é um minutinho de calmaria e não consegue? Sabe quando você sequer ouve os seus pensamentos porque os dos outros estão vagando bem na sua frente? Não dá uma vontade de dizer: “Porra! Cala a boca, Magda!”?
Fiquei tentando mentalizar a frase. Tentei, tentei, tentei. Porém, Magda tava tão ouriçada hoje que nem isso consegui. É nessas horas em que percebo que preciso me policiar mais, afinal, tem dias que devo bancar a Magda também e impedir a foda mental de um punhado de gente.
Então, vai. Tenta isso em casa, no trabalho, na universidade. Cala a boca, Magda! Deixa meus pensamentos gozarem em paz.

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Thamirys D'Eça

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